segunda-feira, 18 de abril de 2011

É só uma questão de escolha

Temos duas escolhas na vida: culpar aos outros pelas coisas que nos acontecem, ou assumir os riscos e consequências de sermos os únicos responsáveis pelo roteiro de nossa história. Discordo da lei que diz, que os caminhos mais fáceis, são os mais prováveis de existirem, ou de estarem corretos. Acho que por instinto ou por sadismo sempre escolhi os caminhos mais difíceis. Assumo as consequências de todos os meus atos, mesmo que esperneie, tenho sempre a certeza de que a escolha foi, e sempre será, minha. Somente. Não que ache que não deva viver em sociedade, ou partilhar e compartilhar. Pelo contrário, assumindo a minha responsabilidade sobre o que acontece comigo, permito-me compreender que conviver não tem nada a ver com encontrar culpados para as nossas mazelas e até mesmo, felicidades. Quando me encontrar comigo mesma direi: Você fez o seu papel! Você foi atriz, roteirista e diretora da sua vida. E no fim das contas, as escolhas são sempre suas... somente. E é só uma questão de escolha.

domingo, 17 de abril de 2011

E se...

Como fazer? Acho que peguei a trilha errada. Eu amo cantar, quero falar muitas línguas, conhecer muitas pessoas, muitos lugares. Ver muitos pôr-do-sol e muitos luares... Quero filosofar sobre nada, sussurrar coisas sem sentido, recitar poesias feias feitas por mim, quero deixar-me ser, permitir-me e gritar do fundo da minha alma que sou feliz e a liberdade é meu guia. No momento, sinto-me enclausurada, sufocada. Presa em um labirinto sem saídas. De tudo o que penso que é feliz, me vejo no rumo contrário. Surpreendo-me as vezes imaginando-me tendo feito tudo diferente. E se eu não fosse tão comedida, sensata, medrosa? Ao mesmo tempo minha razão afirma: "tudo é como tem que ser". Acho que esse é o maior de meus antagonismos: razão ou emoção? Arte ou ciência? Hum, nunca terei a resposta. Desistir não é meu forte. E se... isso dói.

"Furfles"

Coisa estranha... ando pensando demasiadamente sobre como nasci ao contrário.
Ou como o tempo soa de forma particular para cada um. Lembro-me de ser muito velha quando pequena. Não entendia as coisas de criança e entendia muito bem as coisas de adulto. Achava muito estranho estar naquele corpinho pequeno, enquanto minha alma tinha angústias de uma velha. Meus irmãos diziam com deboche, que eu sofria de uma doença muito chata: "adultil". Meus interesses eram ler, estudar e questionar as coisas da vida. Me sentia cansada e dizia sempre: sofro de tédio. Nada naquele mundo infantil me parecia familiar, ou despertar interesse. Passei a minha infância como uma velha angustiada solitária de 80 anos. Os anos passavam e me vi rejuvenecer, ou melhor tornar-me jovem, enfim. Estranho... parece-me que o tempo anda ao contrário, ou será que eu ando na contramão do tempo. Agora, enfim uma jovem adulta, enxergo-me como uma adolescente, cada vez mais imatura, inconsequente. Das inúmeras coisas que não entendo, o tempo é uma. Acho que se continuar assim entenderei menos ainda as coisas da vida. Se é que um dia alguém tenha entendido algo.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Odeio Física

Como sempre encontro-me dividida
entre caminhos antagônicos: gozar ou amar.
Meu corpo anseia pelo toque,
anseia efêmeros prazeres, que duram tão pouco,
que somados não somam dias...
Minha alma anseia o amar, o sentir, o dividir.
Anseia por aquilo que soa pra sempre, mas no fim torna-se
efêmero como todos os sempres da vida.
Por que o sempre dura tāo pouco? E o tāo pouco
parece durar uma eternidade, quando estamos no êxtase.
Por que não somar? E sim escolher.
Por que não gozar e amar juntos, para que talvez o efêmero
e o sempre possam coexistir e talvez perdurar a eternidade?
Acho que as leis da física nāo permitem duas coexistencias
em um mesmo espaço. Odeio Física.